Volume I

UNIDADE TEMÁTICA: Conteúdos e Procedimentos Didático-metodológicos para a Educação Infantil

ROTEIRO DE ESTUDO: A Criança e a Ludicidade: Uma Proposta Metodológica para a Educação Infantil
Tudo depende do olhar, não é mesmo?
Palavras que podem ser isoladas ou opostas são unidas pela beleza da arte, numa linguagem poética, assim como a brincadeira se reflete na arte, demonstrando imagens vivas e alegres. São imagens enlaçadas, entrelaçadas, que em um movimento dinâmico compõem o universo infantil, por isso, é importante considerar que o eixo norteador em torno do brincar deve ser incorporado nas práticas sociais da criança como experiência de cultura. Pipa, pega-pega, amarelinha, esconde-esconde, queimada, polícia e ladrão, castelos de areia, mamãe e filhinha, herói, cinco marias, casinha... Essas, entre outras, são brincadeiras que nos remetem à nossa própria infância e nos fazem refletir sobre a singularidade da criança no seu jeito de ser e estar no mundo. Nesse sentido, os jogos, as brincadeiras, o faz­ de ­conta, revelam formas de expressão usadas pelas crianças como maneiras diferentes de interagir. A brincadeira é uma ação que está associada à infância. É por meio dela que a criança brinca de faz ­de ­conta, vivendo um cenário articulado e a dimensão imaginária, sendo impulsionada a conquistar novas possibilidades de criação. E, por falar nisso, você já ouviu essa música, de autoria de Chico Buarque? (Segue abaixo a letra completa da música que por sinal é muito linda...)

JOÃO E MARIA 
(Chico Buarque)
Agora eu era o herói
E o meu cavalo só falava inglês
A noiva do cowboy
Era você além das outras três
Eu enfrentava os batalhões
Os alemães e seus canhões
Guardava o meu bodoque
E ensaiava o rock para as matinês
Agora eu era o rei
Era o bedel e era também juiz
E pela minha lei
A gente era obrigado a ser feliz
E você era a princesa que eu fiz coroar
E era tão linda de se admirar
Que andava nua pelo meu país
Não, não fuja não
Finja que agora eu era o seu brinquedo
Eu era o seu pião
O seu bicho preferido
Vem, me dê a mão
A gente agora já não tinha medo
No tempo da maldade acho que a gente nem tinha nascido
Agora era fatal
Que o faz-de-conta terminasse assim
Pra lá deste quintal
Era uma noite que não tem mais fim
Pois você sumiu no mundo sem me avisar
E agora eu era um louco a perguntar
O que é que a vida vai fazer de mim?

E então, o que a música te remete? Veja que ela expressa o sentimento de liberdade, promovida pela brincadeira. Agora eu era o herói..., esta é uma das expressões que fazem parte do repertório de brincadeiras das crianças. Brincadeira, cultura e conhecimento se contemplam formando a tríade da infância, com o caráter lúdico e significativo. Sobre essas afirmativas, Borba(2006, p.40) registra que:

A liberdade no brincar se configura
No inverter a ordem, virar o mundo
De ponta-cabeça, fazer o que parece impossível,
Transitar em diferentes tempos – passado, presente e futuro. 
Rodar até cair, ser rei, caubói, ladrão, polícia, desafiar os limites da realidade cotidiana.

Observe agora, como a autora retrata a experiência do brincar de forma clara, demonstrando que é possível manter a ponte entre o mundo imaginário e o mundo real. As atividades lúdicas permitem que o sujeito estabeleça relações com os outros e com diferentes culturas. Para o profissional da educação, em especial o professor, quando se fala em Educação Infantil podemos pensar em...?

Todos esses itens, propositadamente dispostos em forma de blocos, podem nos auxiliar a construir alicerces que nos possibilitem a compreender que o acesso à arte no espaço escolar significa possibilitar às crianças e aos professores abrir caminhos para a experiência estética, provocando novas formas de sentir, pensar, compreender, dizer e promover o encontro do sujeito com diferentes formas de expressão e de compreensão da vida. Esse movimento lúdico caracteriza muito bem a Educação Infantil, pois se torna fonte de inspiração para a construção do conhecimento da criança. Aprender brincando e construir conhecimento vão se tornando faces da mesma realidade. A esse respeito, Ronca e Terzi (1995, p. 98) também registram que: 

✻Pelo lúdico a criança ‘faz ciência’, pois trabalha com imaginação e produz uma forma complexa de compreensão e reformulação de sua experiência quotidiana. Ao combinar informações e percepções da realidade, problematiza, tornando­-se criadora e construtora de novos conhecimentos. Considerando a citação e a ludicidade na Educação Infantil, em que a brincadeira é a ‘atividade mais séria da criança’, podemos ir mais longe ainda, associando:

✻O conhecimento à cultura;
✻As diferenças individuais com tempo e limite de cada um;
✻A ação cognitiva com os sentidos e a sensibilidade.

Essa ponte de equilíbrio entre o mundo imaginário e o real, o jogo e a construção do conhecimento vão sendo gradativamente redimensionados na prática educativa do aluno. Segundo Ronca e Terzi (1995, p. 102), “é impossível divorciar o lúdico do processo de construção do conhecimento”. Pensando nesse ato lúdico, em que a criança experimenta diferentes papéis, ela precisa ser instigada a pensar e a criar, pelo professor, na sala de aula, sendo motivada a compreender o mundo que a rodeia, a ter prazer em construir seus conhecimentos e reelaborá­-los para aplicá-­los em suas práticas sociais de maneira natural, o que é marco referencial desta fase de desenvolvimento. A criança da Educação Infantil pensa o mundo de uma maneira especial e própria. Isso nos faz lembrar de uma forma de expressar de Portinari, a respeito das crianças, quando disse que adorava pintar crianças em gangorra e balanço só para vê­-los no ar feito crianças. Veja como Portinari foi feliz ao pronunciar essas palavras e expressá-­las por meio da arte. Ele era apaixonado por crianças. Ao admirar a obra de Portinari, intitulada Plantando bananeira, também disponível em seu site (http://www.portinari.org.br/IMGS/ jpgobras/OAa_3385.JPG), você perceberá que a fantasia e a ludicidade são marcos fundamentais do universo infantil. Essas abordagens são eixos norteadores para a elaboração de um planejamento integrado, na Educação Infantil. Agora, que já relembramos um pouco desse movimento lúdico, vamos pensar no planejamento das aulas.

Por que planejar na Educação Infantil?
Iniciamos nossos estudos, retratando o movimento lúdico como eixo norteador da educação infantil. Partindo desse princípio, e sabendo que você já conhece os principais aspectos relacionados ao Projeto Político Pedagógico da escola e o Plano de ensino, vamos trabalhar com mais afinco sobre o planejamento de aula. Nas concepções de HAIDTH (1994), o plano deve apresentar as seguintes características: coerência e unidade, continuidade e seqüência, flexibilidade, objetividade e funcionalidade, precisão e clareza. Planejar, naturalmente, faz parte do cotidiano da vida do homem desde a antigüidade. Planejamos nossas metas, nossos afazeres profissionais, nossas viagens, enfim, damos um sentido real para as nossas ações, não é mesmo?Uma das questões mais enfatizadas na educação escolar das últimas décadas é o planejamento. Ele também é o ato de refletir os possíveis processos didáticos que devem ser estruturados de maneira criativa, para que as aulas se tornem mais atraentes. Este plano do qual falamos tem que ter ‘vida’, movimento, e deve assegurar o desenvolvimento de todas as áreas do conhecimento. É preciso que o professor sinta­-se motivado a estudar e a pesquisar. Planejar não é imaginar coisas sem uma base concreta, nem inventar fórmulas para solucionar problemas. Desconsiderar o planejamento na Educação Infantil seria como ignorar as obras de Mário Quintana, a sensibilidade de seus poemas. Essa analogia nos chama a atenção para refletir sobre a importância do planejamento de aulas nesta fase tão importante. Ele é a diretriz. O instrumento de trabalho do professor. Em suas palavras, ao retratar a infância, Quintana faz uma comparação, por meio de metáfora, entre a criança que brinca e o poeta que faz um poema, dizendo que ambos estão na mesma idade mágica. Isso não é fantástico? Essas idéias devem ser firmadas quando pensamos em planejar uma aula para alunos de educação infantil, pois, o planejamento, assim, como já foi visto em roteiros anteriores, é o momento em que pensamos, refletimos diante de atividades integradas, que são exploradas, estabelecendo objetivos para que sejam alcançados. Partindo desse pressuposto, lançamos alguns questionamentos:

✻O que é plano de aula?
✻Que elementos o caracterizam?
✻Por que, para que e como planejar uma aula atraente, com atividades integradas para a Educação Infantil?

Essas são “problemáticas em questão”, que discutiremos a partir de agora. O plano de aula é o registro das atividades que serão desenvolvidas nas aulas. Ele pode ser diário, semanal, mensal ou por projetos. Seja qual for a maneira que será desenvolvido, é preciso que o professor tenha o contato permanente com a pesquisa. É necessário organizar as idéias em coerência com os objetivos que se pretende alcançar e retomar o que foi diagnosticado pelo professor. Como se vê, o planejamento é um instrumento dinâmico da ação educativa. As ações do professor e do aluno se contemplam. O que se busca é uma intervenção pedagógica criativa que estimule o aluno a ser protagonista da sua própria história, relacionando­-a à realidade vigente. Na concepção de Gandin e Gandin (1999, p. 53): [...] não há nada tão decisivo para um processo de planejamento como a elaboração – e a contínua retomada do diagnóstico. Não há planejamento se não se estabelece um horizonte. Não há planejamento se não se define a distância da prática em relação a esse horizonte. Não há planejamento se não se decide o que se vai fazer para diminuir essa distância. Pensando assim, o planejamento não pode ser considerado apenas como um documento a ser entregue à coordenação ou à direção da escola. É ele que vai direcionar a ação pedagógica numa atuação integrada, participativa e democrática. A esse respeito, Masetto (2003, p.176) também registra que:✻O planejamento não pode ser considerado uma camisa­ de força, que retira a liberdade da ação do professor. Ao contrário, um planejamento traz consigo a característica da flexibilidade. Qualquer plano para ser eficiente precisa ser flexível e adaptável a situações novas imprevistas.

Concordando com o autor, acreditamos que o plano de aula não é um manual ou um modelo padronizado, determinado e descontextualizado. Este ato de planejar é um processo de construção, calcado por fundamentação teórica e que deve apresentar a identidade de quem o elabora, o próprio educador e, conseqüentemente, de sua turma.

Refletindo sobre este esquema, percebemos que privilegiar o processo de aprendizagem do aluno e a formação continuada do professor, são modos de significar a prática pedagógica. Trabalho que demanda esforço e aprendizado. Argumentando em vista do quadro, fica evidente que planejar requer um contato permanente do professor com a pesquisa, que é uma possibilidade de estudar e discutir. Esses são modos de desenvolver uma prática refletida. Aliados a essa intenção, estão os objetivos que devem ser definidos e coerentes para que sejam alcançados. Outra vertente que permeia esse esquema é a que se refere à afetividade entre professor e aluno, marco essencial para que as relações se efetivem, de fato. A esse respeito, Fontana (2003, p.159) afirma que:

✻Nas relações sociais, destacamos Vygotsky, Wallon, Bakhtin, os papéis sociais ocupados pelos indivíduos são intercomplementares. Dessa perspectiva, o trabalho pedagógico não é produzido única e exclusivamente pela professora que ensina, nem tampouco pela criança que aprende. O ensinar e o aprender são produzidos na relação entre alunos e professora. Um se constitui em relação ao outro.

Com essa visão, é possível conceber a possibilidade de professor e aluno buscarem sua autonomia em interação com o outro. Uma outra forma de abordagem é a que se refere à criatividade e à flexibilidade que devem estar contidas no planejamento. É articulando todos os procedimentos metodológicos e os recursos como: vídeo, livro, aparelho de som e outros, que o professor terá grandes oportunidades de planejar uma aula atraente e significativa. Para isso, é preciso levar em conta o Projeto Político Pedagógico da escola e as reais necessidades dos alunos, ou seja, conhecer a realidade em que ele está inserido. Com base nessa dimensão de idéias, devemos questionar: que tipo de alunos queremos formar? Essa indagação é o ponto de partida para tecer, por múltiplos fios e trançando outros, a prática pedagógica do professor. Imagine depois de ter observado este esquema, que relações você faria entre ele e a sala de aula como espaço físico construído e apropriado por educadores. Como você a imaginaria? Este espaço físico é um componente importante dentro do plano de aula?É válido destacar a importância do espaço físico como “retrato da relação pedagógica” em sala de aula (COSTA; FREIRE, 1986), pois, é nesse espaço que vamos marcando nossas descobertas, nosso crescimento, nossas indagações. Tudo isso porque é neste ambiente que vamos registrando concretamente inúmeras experiências. Como pode ser percebido, tudo o que acontece neste espaço torna-­se a marca do grupo. Os mobiliários, os materiais, os recursos, enfim, a organização do ambiente demonstra como anda a relação pedagógica dentro da sala de aula. Nessa linha de raciocínio, pensamos, ainda, que numa relação pedagógica algo anda mal quando o espaço físico mantém os mesmos registros em suas paredes, como por exemplo: os mesmos cartazes, as mesmas figuras, a mesma arrumação ou, também, há a ausência de uma arrumação. Você percebeu que o espaço físico requer um planejamento, melhor, uma organização? Esse ambiente deve ser bem cuidado, pois é o lugar onde as relações se efetivam e que professores e alunos constroem suas histórias. Outra contribuição em torno deste assunto é a de Souza (2001, p. 10): O espaço educacional é um espaço convivência, por isso deve ser prazerosa, no encanto de sentir, ver, ouvir, tocar, refletir. Um espaço onde aconteça o encontro de alunos e professores, sem preconceitos, com coerência, com inteligência e vontade. Espaço em que não se avalia o ser, avalia-­se o fazer, respeitando o tempo de aprendizagem, a dedicação para ampliar a criatividade e a inteligência. Veja como tudo isso está bem integrado. Pensando assim, professor e aluno podem caminhar juntos, pois são os agentes ativos nesse processo de construção, lembrando­-se de que ambos desempenham papéis distintos. Nesse percurso, o professor tem a possibilidade de refletir sobre seu trabalho. O grande desafio é articular a proposta pedagógica da Educação Infantil com diferentes linguagens, sob a ótica de uma prática revestida de reflexão. E para você, que componentes devem estar presentes em uma proposta pedagógica para a Educação Infantil? Pense, faça as suas anotações e depois dialogue com seus colegas sobre o assunto. Pois bem, inúmeros são os componentes que podemos elencar; dentre eles, destacamos os constantes do esquema, a seguir:

Esses são alguns dos componentes que consideramos essenciais nas propostas pedagógicas para a Educação Infantil. Nesse sentido, é importante levar em conta o conhecimento do espaço físico, os materiais disponíveis, os recursos e as salas de aula. Além disso, pensar na filosofia da escola, nas metas e nos objetivos a serem alcançados são desafios que articulam múltiplas situações de aprendizagem. Destacamos, também, o trabalho por meio de projetos, que é enriquecedor para a criança e seus conhecimentos, porém precisam ser integrados e atender à proposta curricular da escola. Nessa perspectiva, os procedimentos metodológicos a serem abordados durante as aulas devem ser estimuladores, coesos e com perspectivas a atender às múltiplas inteligências existentes na sala de aula. Um fator primordial para facilitar o planejamento das aulas é a fundamentação teórica do professor, que subsidiará todo o percurso da aprendizagem das crianças nesta fase da Educação Infantil, lembrando-­se de que os projetos devem ser inter/transdisciplinares, que valorizem as diferentes áreas do conhecimento, a realidade da criança e o papel significativo da família em trabalho de parceria. Ao lado de tudo isso, acreditamos na emoção, no prazer e na alegria do professor, na construção da aprendizagem dos seus educandos. Incluem-­se, nesse contexto, a ética, a estética, o estímulo ao sentido da palavra austeridade, como pigmentos valiosos para proporcionar cor e sabor ao saber. Para tanto, várias propostas podem enriquecer o trabalho realizado na Educação Infantil, entre elas: atividades lúdicas que levem a criança a ‘operar’ para construir; jogos, brincadeiras, literatura, teatro, músicas e tantos outros procedimentos que poderão fazer parte da pesquisa do professor, para ministrar aulas prazerosas. Incluímos, também, a avaliação e os objetivos como elementos relevantes neste contexto, considerando que eles devem caminhar lado a lado, como de fato deve ser. Avaliar, (re) ver, ver de novo, refletindo sobre processos e percursos de aprendizagem. Os instrumentos utilizados para avaliar são vários, mas sempre com perspectivas de observação e a prática do registro, garantindo uma análise do processo ensino­ aprendizagem do aluno. Nessa perspectiva, cabe ao professor escolher qual a melhor forma de planejar suas atividades, dando sentido ao seu plano ou projeto, articulando­-o ao “para que fazer” e ao “porque fazer” a prática educativa, de maneira que seja respeitada cada fase do desenvolvimento da criança, conforme sua faixa etária.


>>>Seguem abaixo as atividades realizadas neste Roteiro de Estudos...


Atividade 1 - No texto introdutório do roteiro de estudo, você teve a oportunidade de conhecer alguns componentes que devem estar presentes em uma proposta pedagógica para a Educação Infantil. Além dos vários componentes essenciais, a proposta pedagógica para a educação infantil, citados e estudados neste roteiro, podem apontar ainda: 

Laboratórios de informática 
Áreas livres 
Bibliotecas infantis 
Mobiliários apropriados 

Escolha dois entre os citados anteriormente, e em conjunto com outro (a) colega, elabore um texto de, no mínimo, 10 linhas, justificando o papel e a importância deles para o trabalho com crianças na educação infantil.



Aliados na construção da aprendizagem infantil


Sabemos que a proposta universal pedagógica atual é ensinar com o lúdico aflorado em vários aspectos, principalmente na educação infantil, percebemos que a criança aprende muito mais brincando. Para que esse método funcione com mais eficácia nós futuras pedagogas contamos com dois grandes aliados: áreas livres e mobiliárias apropriados, que são indispensáveis para a realização plena do desenvolvimento infantil e seu respectivo aprendizado. Toda criança precisa de espaço, área verde e móveis apropriados, que estimulem e colaborem para o seu conhecimento. E dentro desses espaços podemos explorar diversas maneiras criativas de ensinar, como por exemplo: brincando de mamãe e filhinho, dono de posto de gasolina, de médico, de boneca, de carrinho, de ser os seus heróis preferidos, como o homem-aranha e o super-homem. Através dessas brincadeiras podemos passar para as crianças a vontade de construir um aprendizado satisfatório e prazeroso, que não fique baseado em simplesmente passar o lápis em cima da letrinha do nome, ou pegar o giz de cera e pintar aquela figura que mais se parece com a criança. Devemos explorar o lado criativo da criança, a deixando pintar com tinta, sentindo a textura e as cores que está usando, e outras atividades ao ar livre, que estimulem o conhecimento do espaço por ela ocupado, e os demais seres viventes do universo. Como futuras pedagogas temos que ter a sensibilidade em saber entender o universo das crianças, que às vezes é formado também por super heróis, ou até mesmo amigos imaginários, que de uma maneira bem fictícia dão asas para a criatividade, imaginação e fantasia. Podemos utilizar desses métodos e espaços adequados e ensinar bons modos e cuidado com os colegas ao mostrar também dentro desse espaço de área livre e com mobiliários apropriados que brincar é também aprender!

Atividade 2 - Em uma reunião de pais de crianças de 5 anos, numa determinada escola, surgiu por parte de um dos pais, o seguinte questionamento: Porque minha filha de 5 anos permanece a maior parte do tempo escolar fora da sala de aula, realizando outras atividades que não em seu caderno? Imagine que esse professor tenha lido os mesmos textos que você leu neste roteiro. Que argumentos ele usaria como justificativa para explicar a situação? Ao elaborar a sua resposta, mencione, no mínimo, quatro argumentos.



Aprender Brincando!!!


Brincar é a linguagem que as crianças usam para se manifestar, descobrir o mundo e interagir com o outro. Quando esse método é incentivado a criança adquire novas habilidades e desenvolve a imaginação e a autonomia. É possível brincar até mesmo sem ter nada nas mãos, como ocorre durante o pega-pega e a ciranda. O tema principal da nossa escola é essa a proposta de ensinar brincando, pois acreditamos que dessa maneira criança aprende muito mais, é através de uma brincadeira que podemos compreender como a criança vê e constrói o mundo. É durante a brincadeira, que ela expressa os seus sentimentos, suas emoções, e nas diversas atividades externas podemos perceber se ela tem dificuldades na pronúncia das palavras, no modo de caminhar, ou até mesmo na audição, por estarmos sempre pronunciando a fala em ambientes externos e diferentes da sala de aula. Além do espaço do parque e da nossa área verde, incentivamos as crianças na sala de recreação teatral onde elas se vestem de fantasias para interpretar diversos papéis relacionados ao cotidiano da vida, como por exemplo no papel de mamãe e filhinho, imitando o professor a dar aula, a brincar de super-herói. Nós educadores acreditamos que é assim que a criança aprende a lidar melhor com os seus problemas, suas ansiedades, frustrações, porque brincar é a sua linguagem secreta e devemos respeitá-la e incentivar sempre esse ato de brincar. Acreditamos ainda que a criança não aprende só escrevendo no caderno, sentada numa cadeira em fileira, dentro de uma sala de aula durante 4 horas. Ela aprende também realizando outras atividades fora sua sala de aula, em outro espaço, onde ela tem a oportunidade de conviver, relacionar, interagir com outras crianças, conversando em roda, ouvindo histórias, cantando, brincando de roda, dando imaginação as suas fantasias. É na brincadeira que a criança exercita os seus processos mentais e desenvolve com facilidade a sua aprendizagem, a brincadeira estimula a criança a se desenvolver intelectualmente.

Conclusão pessoal dos estudos realizados desta unidade e roteiro de estudo: 
Ao realizar todas as leituras recomendadas posso agora entender o significado do universo lúdico como primeiro passo para elaboração do planejamento. Consigo identificar o espaço físico da sala de aula como elemento importante a ser considerado no planejamento. E também consigo discernir os componentes principais para o desenvolvimento da prática pedagógica da Educação Infantil. Dessa forma posso agora com segurança utilizar as diferentes linguagens, a arte e a cultura na construção de sua aprendizagem. 
O aprendizado através da brincadeira é bem mais divertido e proveitoso!!!